top of page

APATIA

O que mais detesto em mim é o amor

que subsiste no apático instante,

inconveniente e triste, da mágoa restante.

Deste amor outrora puro e verdadeiro,

que consome e esmaga, destrói e apaga,

nada sobrevive.

Mas o amor que vive guardado,

na lembrança de um momento,

descubro sobrevivendo

apesar da apatia insistente.

Então neste instante, descubro-me

amando-me mais intensamente

do que detestando-me.





 
 
 

Posts recentes

Ver tudo
A CULPA É DO MÁRCIO VIANNA!

Gosto de contar histórias. Quando, em janeiro de 1992, entrei naquele teatro não podia imaginar o que aconteceria na minha vida. Em 1992...

 
 
 

Comments


©2021 por inconsciente feminino

bottom of page