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PRISIONEIRO

Minh'alma vagava ao som do crepúsculo

Absorvendo o espaço infinito

Perdida no azul, brilhando no espaço

Cansada ficava de esquecer o cansaço

E perguntava constantemente:

O que procuro?

A quem procuro?

O que me basta?

E vagava em águas furiosas

Em reflexos brilhantes de estrelas

Em cores vivas de flores

Em sóis contidos em areias

E cansada ficava

E perguntava:

O que me basta?

A quem procuro?

O que quero?

Minh'alma liberta, prisioneira da liberdade

Da onipotência limitada de um corpo discrente

Não sabia a quem procurava

Não sabia onde estava

E nada bastava


E um dia, cansada e inerte

Já desistindo da busca incessante

Ouviu alguém chamando insistente

Prisioneiro de uma cruz, prisioneiro da agonia

Liberto estava, eternidade distribuía

Nos braços abertos, nas mãos estendidas

De apenas uma vida


E minh'alma descansou, pois agora sabia:

O Que procurava,

A Quem procurava,

O Que bastaria.





 
 
 

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