PRISIONEIRO
- Inconsciente Feminino
- 13 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Minh'alma vagava ao som do crepúsculo
Absorvendo o espaço infinito
Perdida no azul, brilhando no espaço
Cansada ficava de esquecer o cansaço
E perguntava constantemente:
O que procuro?
A quem procuro?
O que me basta?
E vagava em águas furiosas
Em reflexos brilhantes de estrelas
Em cores vivas de flores
Em sóis contidos em areias
E cansada ficava
E perguntava:
O que me basta?
A quem procuro?
O que quero?
Minh'alma liberta, prisioneira da liberdade
Da onipotência limitada de um corpo discrente
Não sabia a quem procurava
Não sabia onde estava
E nada bastava
E um dia, cansada e inerte
Já desistindo da busca incessante
Ouviu alguém chamando insistente
Prisioneiro de uma cruz, prisioneiro da agonia
Liberto estava, eternidade distribuía
Nos braços abertos, nas mãos estendidas
De apenas uma vida
E minh'alma descansou, pois agora sabia:
O Que procurava,
A Quem procurava,
O Que bastaria.

Comments