UM GATINHO
- Inconsciente Feminino
- 13 de jul. de 2021
- 1 min de leitura
Era apenas um gatinho.
Não tinha nome, nem tamanho, nem cor, nem idade.
Chegou devagarinho, miando desengonçado.
E tomou conta,
de mansinho a gente chega aonde quer.
Mas, era apenas um gatinho!
Displicente, despreocupado, inconseqüente.
Tomou conta do ambiente.
E agora, o que faço?
Com o coração não se brinca.
De repente ele arranha e morde, tira um pedaço.
Do coração.
E como pode o coração ficar sem um pedaço?
Foi como magia, hipnose ou sugestão.
Olhos nos olhos, mesma hora, mesmo lugar.
De repente, o tempo passa.
A hora fica vazia, o lugar vago.
E um dia de mansinho, sem nome, tamanho ou idade.
Meu coração fica sem seu pedaço.
Onde está ele agora?
Era apenas um gatinho?
E agora, o que faço?

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