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UM GATINHO

Era apenas um gatinho.

Não tinha nome, nem tamanho, nem cor, nem idade.

Chegou devagarinho, miando desengonçado.

E tomou conta,

de mansinho a gente chega aonde quer.


Mas, era apenas um gatinho!

Displicente, despreocupado, inconseqüente.

Tomou conta do ambiente.

E agora, o que faço?

Com o coração não se brinca.


De repente ele arranha e morde, tira um pedaço.

Do coração.

E como pode o coração ficar sem um pedaço?

Foi como magia, hipnose ou sugestão.


Olhos nos olhos, mesma hora, mesmo lugar.

De repente, o tempo passa.

A hora fica vazia, o lugar vago.

E um dia de mansinho, sem nome, tamanho ou idade.

Meu coração fica sem seu pedaço.


Onde está ele agora?

Era apenas um gatinho?

E agora, o que faço?







 
 
 

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